domingo, 10 de outubro de 2010

TRABALHO APROVADO NO 22º SEMINÁRIO DE ARTE E EDUCAÇÃO EM MONTENEGRO



O Relato de Experiencia do projeto de extensão "Quilombo teatro as favelas", escrito por Maicon Barbosa e Lídia Rosenhein foi aceito no 22º Seminário de Arte e Educação em Montenegro, abaixo segue o texto para voCês conferirem...


Universidade Federal de Pelotas
Projeto “Quilombo – teatro às favelas”:
Despertando para a vida.

Palavras - chave: tempo livre; teatro - educação; cidadania.

Resumo:

Este artigo apresenta um relato de experiência de dois acadêmicos do curso de Teatro – Licenciatura, da UFPel, participantes e monitores do Projeto “Quilombo - teatro às favelas”, coordenado pelos professores Paulo Gaiger e Fabiane Tejada, vinculado ao Programa Vizinhança da Pró – Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas. O “Quilombo” tem por objetivo desenvolver junto à comunidade do Navegantes, bairro de periferia da cidade de Pelotas, a (re)educação para o uso adequado do tempo livre, através de oficinas permanentes de teatro com crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos. Entre os parceiros deste projeto, estão o CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e a Escola Nossa Senhora dos Navegantes, ambos localizados no bairro Navegantes.
O relato abrange o primeiro período de ações do projeto, isto é, desde a capacitação dos acadêmicos selecionados para atuar no “Quilombo”, realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2010, aos começos deste segundo semestre, quando se cumprem cinco meses de ação em terreno. Nessa nascente trajetória, se dará ênfase ao processo de criação dos grupos de teatro na sede do CRAS e na Escola Nossa Senhora dos Navegantes, aos acasos e imprevisibilidades, às dificuldades e fortalezas. Por outra parte, igualmente fundamental, o relato também pretende revelar a contribuição do projeto “Quilombo” para a formação dos futuros arte-educadores e, como as crianças e adolescentes, agentes de transformação.


Justificativa:

A “educação para o uso adequado do tempo livre” adquire uma função educativa fundamental. É nos tempos não cotidianos que a pessoa pensa e se pensa, vê e se vê, reflete sobre sua condição e sua ação no mundo.
Foi partindo desse pressuposto que o Projeto de Extensão “Quilombo teatro às favelas” foi elaborado, com o intuito de levar para a comunidade carente algo que lhes pudessem preencher, de maneira saudável, uma pequena parcela do tempo de suas vidas, fazendo com que assim essas crianças e jovens se afastem da criminalidade e por conseqüência das drogas.
No primeiro semestre de 2010, após um processo seletivo e capacitação, tivemos a oportunidade de entrarmos para esse projeto, com a missão de inserir as crianças do CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e da Escola Nossa Senhora dos Navegantes no mundo do teatro.
Com dois encontros semanais, as crianças participantes dos grupos, com idades de dez a dezoito anos, fazem jogos teatrais, aprendem a improvisar e principalmente trabalhar a coletividade.
O nosso trabalho é fundamentado com base no teatro do oprimido de Augusto Boal, nos jogos teatrais de Viola Spolin e na pedagogia da esperança de Paulo Freire.

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