segunda-feira, 30 de agosto de 2010

22º Seminário Nacional de Arte - Educação em Montenegro



Estudantes do Projeto Quilombo têm propostas aprovados em Seminário Nacional de Arte-Educação.
Três dos estudantes monitores do Projeto Quilombo - teatro às favelas, vinculado ao Programa Vizinhança, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura(Prec) da UFPel, tiveram suas propostas aprovadas para o XXVII Seminário Nacional de Arte-Educação da Fundarte/Montenegro. São dois relatos de experiência sobre o Projeto Quilombo e um pôster também sobre o mesmo trabalho.
Os estudantes, todos do curso de Teatro, são Lidia Rosenhein (relato de experiência), Maicon Barbosa (relato de experiência) e Everton de Lima (pôster).
Os professores coordenadores são Paulo Gaiger e Fabiane Tejada.

Mais informações sobre o Seminário entre no site:
http://www.fundarte.rs.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=113&Itemid=220

terça-feira, 24 de agosto de 2010

RELATOS DOS MONITORES DO PROJETO QUILOMBO


No primeiro momento quis entrar para o projeto, pois gostaria de colocar em prática o que estava aprendendo na faculdade, sabia que não seria nada fácil.
Desde o começo do projeto vi que realmente era pra quem gostava, por que é um trabalho muito difícil e desgastante.
Hoje tenho certeza que fiz a escolha certa em entrar para o projeto Quilombo e cada dia mais e mais me convenço disso, pois gosto de estar ali ensinando o que aprendo na faculdade, é muito gratificante ver nos olhos das crianças a alegria de fazer algo que elas gostam e que pouco tempo atrás nem sabiam que poderiam fazer algum dia.

Everton de Lima

domingo, 22 de agosto de 2010

ANIVERSÁRIO DA ESCOLA NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES





No sábado do dia 21/08/2010 aconteceu o aniversário da Escola Nossa Senhora dos Navegantes,uma grande festa em comemoração aos 21 anos da escola, localizada no bairro Navegantes II.
A festa contou com desfiles, apresentações de dança e teatro
O Grupo de Teatro da Escola, NAVEGANDO NO TEATRO, coordenado pelos alunos do curso Teatro - Licenciatura da UFPel, Everton de Lima e Maicon Barbosa, apresentou a esquete "O pior do Brasil", um programa de TV muito maluco, com um apresentador que humilha seus convidados e xinga a sua platéia.
O Grupo de dança " Trem do sul" também mostrou alguns números de dança de rua.

sábado, 14 de agosto de 2010

RELATOS DOS MONITORES DO PROJETO QUILOMBO


É com uma frase de Paulo Freire que inicio o meu relato...
“Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem “tratar” sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem idéias de formação, sem politizar não é possível. (FREIRE, 1987 , p .64)
Participar desse projeto é algo muito importante tanto para a minha formação acadêmica quanto para a minha vida, é desafiador, é um projeto que te faz pensar, questionar a todo o momento sobre o verdadeiro papel de um arte educador e a vivenciar novas experiências a cada dia.
Ao chegar à Escola Nossa Senhora dos Navegantes, pela primeira vez, senti o quanto seria difícil, porém desafiador, inserir aquelas crianças e adolescentes em um mundo diferente do que elas estavam acostumadas, num mundo onde elas pudessem ser quem elas quisessem.
Através do teatro estamos conseguindo dar uma nova oportunidade para essas crianças e adolescentes de um novo despertar para a vida, plantando uma sementinha em cada um e sendo assim fazer despertar o interesse deles pelas artes.
Posso dizer que com o “Quilombo” estou contribuindo para que essas crianças e adolescentes sejam protagonistas de suas próprias histórias.

Maicon Barbosa

É um desafio participar desse projeto que trata-se de um trabalho com o “fazer teatral” em comunidades pobres...
“O teatro (...) é a capacidade que temos de observarmo-nos em ação.
Somos capazes de “ver vendo-nos”! Esta possibilidade de ser ao mesmo
tempo o protagonista de nosso atos e nosso principal espectador,nos
proporciona a possibilidade de pensar virtualidades, imaginar
possibilidades, fundir memória e imaginação – que são dois processos
psíquicos indissociáveis – de, no presente, reinventar o passado e
inventar o futuro. Aí reside a imensa e poderosa força do teatro” .
(Augusto Boal)

É inspirada em Boal que começo essa minha trajetória nesse projeto, “Construo e me construo” como arte-educadora trabalhando teatro para quem não tem teatro, semeando o pouco de conhecimento que tenho. Ao dar oficinas de teatro para mais ou menos 20 crianças/adolescentes da comunidade do navegantes, retorno as minhas primeiras vivências teatrais. Apadrinhada por uma professora aproveitei a oportunidade e dediquei-me, e como aprendiz reconhecendo a importância que teatro tem na construção de sujeitos, passo essa lição adiante. É uma caminho árduo é difícil o trabalho, mas eu acredito no potencial dos meus alunos acredito que essa semente que estamos plantando com esse projeto nessa comunidade, vai ter ótimos frutos.
Esse projeto para mim é um trabalho compartilhado, solidário que talvez o retorno não seja imediato, mas é gratificante!
Esse é meu olhar em construção...

Lídia Rosenhein

O que me levou a fazer parte do Programa Vizinhança, do Projeto Quilombo: Teatro às Favelas foi às experiências vividas, que sempre estiveram presentes na minha vida, com trabalhos voluntários que sempre desenvolvia nas comunidades onde morava. Trabalhos estes, que me ensinaram a descobrir o verdadeiro sentido e valor de cada ser humano. Portanto, quando resolvi entrar para este Projeto, com toda certeza, sabia que não seria nada fácil, e que iria deparar-me em alguns momentos com situações que requereriam muita paciência, persistência, certa vocação e a cima de tudo, muito amor e dedicação. Sem dúvida nenhuma, foi gratificante compartilhar desta oficina com as colegas Dagma, que infelizmente deixou o Programa, e Lídia, que atualmente ministra as oficinas comigo. Chegar em casa, digitar os memoriais e aos poucos ir conhecendo cada uma dessas crianças é maravilhoso. È por isso que entrei para esse Projeto, para levar a essas crianças desprovidas de oportunidade, além de conhecimento, de uma visão de um mundo melhor, de uma vida mais digna, amor, passar a elas o real sentido do que é respeito, solidariedade, viver em comunhão com o outro e sonhar com um mundo mais justo e melhor para todos.

Jandira Dias de Souza Brito