domingo, 19 de dezembro de 2010

QUILOMBO DAS ARTES NA MOSTRA CENA & SOM DA UFPEL





O Projeto de Extensão Quilombo das Artes apresentou- se na Mostra Cena & Som da UFPel no último sábado dia 18/12/2010.

A Mostra Cena & Som aconteceu entre os dias 14 e 19 de dezembro no teatro do COP (rua Almirante Barroso, 2540). O evento tem como principal objetivo fazer com que os alunos e os professores dos cursos de Dança, Música e Teatro conheçam melhor o trabalho uns dos outros, a fim de vislumbrar possibilidades de intercâmbio e de trabalho interdisciplinar, além da troca de impressões sobre o fazer artístico e pedagógico.

De outra parte, há o interesse em revelar para a comunidade parte do que vem sendo trabalhado em sala de aula, sem preocupação com o resultado final, já que a ênfase está no processo. A entrada é franca. Participam da Mostra cerca de 20 professores da Dança, da Música (Licenciatura e Conservatório) e do Teatro e suas turmas. Além dos processos de disciplinas, haverá apresentações vinculadas a projetos de extensão,dentre eles o Quilombo das Artes.

A coordenação geral do evento é da professora de teatro Marina de Oliveira.

domingo, 28 de novembro de 2010

Mostra Cultural no Encerramento da Escola Aberta no Navegantes





Aconteceu no último sábado dia 27 de novembro, o encerramento do Projeto "Escola aberta" da Escola Nossa Senhora dos Navegantes.
A festa contou com apresentações culturais de dança e teatro.
O grupo "Navegando no Teatro" da escola, o grupo de dança "Trem do SUL", Os 3 Ggrupos de Teatro do CRAS e também o grupo de dança da Escola Arco Íris, foram alguns dos convidados.
Foi uma tarde cultural e agradável.
E mais uma ação do Projeto "Quilombo das Artes".

"Navegando no Teatro" na Feira do Livro e UCPEL

O Grupo "Navegando no Teatro" da Escola Nossa Senhora dos Navegantes e vinculado ao Projeto "Quilombo das Artes" apresentou a esquete "O pior do Brasil" na 38° Feira do livro de Pelotas no dia 12/11/2010.
Já no dia 18 foi a vez da esquete "A revolta dos brinquedos" ser apresentada no I Mostra de Prevenção e Saúde no auditório Jandir Zanotelli da Universidade Católica de Pelotas.
Mais uma vitória alcançada pelo Grupo e pelo projeto Quilombo das Artes.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quilombeiros e Quilombolas no Teatro Guarani para asssitir "O Avarento"



O avarento no Guarany
O Arte Sesc, Cultura Por Toda Parte, na semana do comerciário traz a Pelotas o espetáculo O avarento, com o grupo Farsa e dirigido por Gilberto Fonseca. Será dia 29 de outubro, no Theatro Guarany. Os ingressos (cortesias) estarão disponíveis no Sesc Pelotas (rua Gonçalves Chaves, 914), a partir de sexta-feira. A montagem foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2008.


O Avarento, uma das mais festejadas comédias de Molière, conta a história de Harpagão, velho sovina, incapaz de cultivar sentimento por qualquer outro bem que não sejam suas moedas de ouro. Idealiza a seus filhos, Elisa e Cleanto, rendosos casamentos. Entre encontros e desencontros, mil artimanhas são traçadas para que os enamorados concretizem seu verdadeiro amor, enquanto Harpagão fará qualquer coisa para proteger sua fortuna.
O enredo tragicômico retrata com fina ironia a inversão de valores característica de uma sociedade norteada pelo interesse financeiro, o que torna o texto escrito no século XVII, incrivelmente atual.
A montagem foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2008 e recebeu 8 indicações ao Prêmio Açorianos de Teatro 2009: Melhor Ator (Elison Couto), Ator Coadjuvante (João Pedro Madureira, Marcos Chaves e Zé Mário Storino), Atriz Coadjuvante (Lúcia Bendati), Melhor Figurino, Trilha e Produção.
Texto: Molière
Direção: Gilberto Fonseca
Elenco: Elison Couto, Ariane Guerra, Fernanda Petit, João Pedro Madureira,
Lúcia Bendati, Marcos Chaves, Plínio Marcos Rodrigues e Vinícius Meneguzzi
Trilha Sonora, Preparação Vocal e Direção Musical: Marcos Chaves
Figurino: Daniel Lion
Cenário: Gilberto Fonseca e Grupo Farsa
Maquiagem e Cabelos: Elison Couto
Iluminação: Gilberto Fonseca
Assistência de Direção: Marcos Chaves
Assessoria de Imprensa: Sandra Alencar
Produção: Grupo Farsa*


Na foto, os atores Lúcia Bendati e Elison Couto. Foto de Luciana Menna Barreto.



A ida para o Guarani pra assistir a peça teatral “O Avarento” de Molíére, foi bem bacana, todos gostaram muito da apresentação, dos figurinos, da trilha sonora, cenário e das atuações dos artistas. Também ficaram encantados com as estruturas do teatro. É o Teatro, construindo conhecimento e valorizando o ser humano independentemente de sua condição social. Uma “belíssima” forma de aprendizagem.
Jandira de Brito

Eu adorei a peça e os figurinos, eu achei sensacional e os atores interpretam bem.
Franciele Lima

Eu amei tudo, adorei os figurinos, só achei um pouco comprida a peça e estranha a entrada dos atores.
Gracimare

Eu gostei muita da peça, dos figurinos, da trilha sonora ao vivo, da interpretação dos atores.Gostaria muita de fazer uma peça parecida.
Felipe

Eu gostei muito da peça "O avarento" porque é muito engraçada e a parte que mais gostei foi quando roubaram o ouro do velho e ele ficou sem nada etambém do final.
Roberta Porto

Eu achei muito legal a peça "O avarento". Os figurinos, as maquiagens, tudo muito lindo, perfeito.
Andriele Lima

Um relato do Quilombo das Artes no Seminário Ensino de Arte, Educação e Práticas Pedagógicas.

A apresentação do Seminário foi emocionante.
O relato de experiência do grupo Quilombo das Artes, sobre as atividades que eram desenvolvidas no Projeto, foram de uma emoção geral tanto para quem estava relatando suas experiências, quanto para os ouvintes. Também estavam presentes no evento, alguns dos alunos do Projeto, Tais e o Marlon que o tempo todo prestava bastante atenção nos relatos. Foi uma experiência muito prazerosa poder dividir com aquelas pessoas que estavam ali, as nossas vivencias e experiências com as crianças nesse trabalho de conscientização social, um momento de reflexão nesses oito meses de ação dentro do Projeto.

Relato de Jandira Dias de Souza Brito sobre o Quilombo das Artes no Seminário Ensino de Arte, Educação e Práticas Pedagógicas realizado nos dia 27, 28 e 29 de Outubro no IAD.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

QUILOMBO PRESENTE NO SEMINÁRIO DE ARTE DA UFPEL



Seminário Ensino de Arte, Educação e práticas pedagógicas: Re-formar ou Trans-formar?

Universidade Federal de Pelotas

PROGRAMA VIZINHANÇA

Projeto “Quilombo – teatro às favelas”*
despertando para a vida

Palavras - chave: tempo livre; teatro - educação; cidadania.

Resumo
O Projeto “Quilombo - teatro às favelas”, coordenado pelos professores Paulo Gaiger, Fabiane Tejada (em licença) e Eleonora Santos, tem por objetivo desenvolver junto e com a comunidade do Navegantes, bairro de periferia de Pelotas, a (re)educação para o uso adequado do tempo livre, através de oficinas permanentes de teatro com crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos. Entre os parceiros deste projeto, estão o CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e a Escola Nossa Senhora dos Navegantes, ambos localizados no Navegantes.
Atualmente, são nove os estudantes** do Curso de Teatro comprometidos. O relato de experiência aqui proposto, abrange os primeiros meses de execução do projeto (janeiro – outubro), desde a capacitação dos estudantes ao trabalho em terreno, este iniciado em 31 de março.
São cinco os grupos de crianças que se encontram duas vezes por semana. Cada grupo experiencia jogos teatrais, improvisações e a trabalhar e decidir coletivamente.
Dar-se-á ênfase ao processo de criação e continuidade dos grupos de teatro, aos planejamentos e decisões pedagógicas, aos acasos e imprevisibilidades, às fraquezas e fortalezas. O relato também pretende revelar a contribuição do projeto “Quilombo” para a formação dos estudantes.
Por outra parte, se fará referência a outras ações do Quilombo iniciadas ao longo desta trajetória: o “cinema”, o “teatro com idosos”, bem como, as apresentações e os passeios realizados.
Para dar conta deste leque de vivências significativas, os estudantes monitores do Quilombo irão conduzir o relato da experiência a partir das reflexões pessoais e de avaliações coletivas.

(*) nome provisório
(**) Maicon Barbosa, Lídia Rosenheim, Jandira Brito, Everton de Lima , Gabriela Schaun, Ingrid Duarte, Anderson Ferreira, Hélcio Fernandes e Tainara Urrutia.



Listagem dos Relatos de Experiencia

29 de Outubro – 8h às 12h

Coord. Profa. Fabiana Tejada da Silveira

Sala 102 – ICH – Térreo

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS

1 Mariana da Cruz Guimarães Ludoteca do Turismo: contribuindo para a valorização de Pelotas através de seus pequenos cidadãos

2 Cíntia Curvello Alves Educando para o turismo

3 Raryana Duarte Marth Conhecendo o patrimônio de Pelotas

4 Elias de Oliveira Pintanel Teatro: o jogo como possibilidade de ensino

5 Joelma Santos Castilhos e Jailson dos Santos Valentim Extensão universitária possibilidade de experenciar, transgredir e refletir sobre a prática docente e seus saberes

6 João Augusto Santos dos Santos Pintura Mural dos Alunos do Ensino Médio da Emem Emílio Meyer, em Porto Alegre

7 Claudia Moraes Silveira Tavares O reconhecimento de si mediado pelo olhar do outro

8 Ilma Souza Ávila e Jucenir Garcia Projeto Enem-Jaguar: Minimizando as desigualdades Sociais

9 Thais Priscila Silva de Oliveira, Jucenir Garcia da Rocha, Jéssica Mais Antunes, Darlise Nunes Ferreira e Luis Fernando Marozo Cultura afro brasileira na escola – construindo uma identidade sem preconceitos

10 Paulo Gaiger - Projeto “Quilombo teatro às favelas – despertando para a vida”

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

QUILOMBO DAS ARTES EM CENA







No último dia 23 de outubro de 2010, no Teatro do COP, o "Quilombo das Artes", projeto de extensão dos cursos de Teatro e Dança, vinculados ao Programa Vizinhança, realizou a 1ª Mostra "NAVEGANDO EM CENA".
Os 60 alunos da comunidade do Bairro Navegantes, orientados pelo monitores, alunos dos cursos e pelos professores coordenadores do projeto, que são Paulo Gaiger, Fabiane Tejada, Eleonora Santos e Gustavo Duarte, apresentaram para familiares e comunidade em geral esquetes teatrais desenvolvidas nas aulas, que vem ocorrendo há sete meses na sede do CRAS – Navegantes e Escola Estadual Nª. Sª. dos Navegantes.
A I Mostra também contou com a participação especial do grupo de dança da Escola Nossa Senhora dos Navegantes,"TREM DO SUL".

Os esquetes que foram apresentados na Mostra foram:
"O PIOR DO BRASIL" - Dirigido por Maicon Barbosa e Everton de Lima
"A FAMÍLIA" - Dirigido por Hélcio Fernandes, Tainara Urrutia, Jandira de Brito e Lídia Rosenhein.
"SUPER - HERÓIS" - Dirigido por Hélcio Fernandes, Tainara Urrutia, Jandira de Brito e Lídia Rosenhein.
"CAMINHO SEM VOLTA" - Dirigido por Hélcio Fernandes, Tainara Urrutia, Jandira de Brito e Lídia Rosenhein.
"AS APARÊNCIAS ENGANAM" - Dirigido por Anderson Ferreira e Everton de Lima.
"A REVOLTA DOS BRINQUEDOS" - Dirigido por Maicon Barbosa e Everton de Lima

Abaixo os links:
Vídeo do Jornal do almoço de Pelotas, divulgando a I MOSTRA NAVEGANDO EM CENA.
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=145663&channel=45

Vídeo apresentado no Seminário de Arte - Educação em Montenegro no YOUTUBE
http://www.youtube.com/watch?v=iJ-VbxCbPV4

Um relato de Montenegro



No dia 05 de outubro de 2010 Participei da mesa temática Ação comunitária, onde foram apresentados relatos de experiência de diversas cidades.
Que são:
“Desde a Marca da Primeira Palma a mão”, que tratava-se de um trabalho de artes visuais que trabalhava questões da pré-história pinturas em pedras, “Construindo relações com a cultura local: (Re)visitando o Pouso dos tropeiros” que relatava um trabalho feito por duas professoras formadas em artes visuais que trabalhavam com teatro contando a história local dos tropeiros em SC, “Quanto tempo o tempo tem?.A concepção temática, a pesquisa e o processo criativo na montagem de um espetáculo de dança.” Relatava a experiência de um grupo que fez um espetáculo de dança contando essas questões de tempo, falta de tempo etc. espetáculo financiado por alunos de escola particular. “Projeto fazendo arte: Oficinas de artes plásticas instigando o processo criativo em contextos não-formais” trabalho realizado no âmbito educacional informal no interior de Santa Maria apoiado financeiramente pela prefeitura. “Experimentação cênica: Conceição à favorita da canção”, um relato feito por uma atriz sobre a montagem de uma peça teatral onde relatava a história da radio nacional. “Programa singular: atêlie de artes visuais para exercício da inclusão.” Um trabalho de artes visuais em uma instituição de reabilitação de portadores de alguma deficiência, que por meio das artes visuais aprimoravam suas sensibilidades corporais e mentais e sensoriais. “Projeto Quilombo – teatro as favelas” relato de experiência do trabalho que eu e Maicon Barbosa também colega pibidiano exercemos na comunidade do navegantes com oficinas de teatro.
Foi meu primeiro relato de Experiência em evento nacional, estávamos um pouco nervosos, ainda mais por apresentar um relato na mesa onde só haviam doutores e mestres, nos apresentamos como acadêmicos integrantes do projeto Quilombo e também relatamos ser bolsistas do PIBID-UFPel, narramos a realidade que trabalhávamos que era bem diferente de todas apresentadas até então. Ao falarmos de nossas realizações no projeto de nossa preparação e do resultado que já estamos obtendo com quase 8 meses de projeto, notamos que o publico estava bastante emocionado, mostramos um vídeo sobre o projeto e modéstia parte recebemos bastante elogios e aplausos pois são poucos arte-educadores que dedicam seu oficio a esse tipo de trabalho. Um fator muito importante para nosso relato foi poder contar com nossos colegas prestigiando e dando força. OBRIGADA PESSOAL!
A troca nesse seminário não há palavras que possam traduzir, não só com o pessoal de fora, de outras cidades, mas também com colegas de nossa universidade como a música e artes visuais que tivemos a oportunidade de conviver mais de perto nesses dias de evento.
Estarei lá no próximo.

Lídia Rosenhein


O 22º Seminário Nacional de Arte e Educação de Montenegro que aconteceu do dia 4 a 07 de outubro de 2010, foi um evento muito importante para a minha formação tanto acadêmica quanto pessoal.

Esses 4 dias de evento foram de extrema importância, pois “respiramos” arte, discutimos como está a educação no país e como podemos e devemos, quanto estudantes e futuros educadores, tentarmos melhorar o ensino e não nos deixar “cair no sistema”.

Assistimos atividades artísticas, profissionais, amadoras, em processo, todos com o mesmo intuito, todos como o mesmo desejo, de difundir e discutir sobre a arte, e não de concorrer entre si, de mostrar que um Seminário como esse que se discute a arte, todas as áreas do conhecimento estão ligadas, as 4 linguagens música, dança, teatro e artes visuais estavam presentes no mesmo espaço, dialogando sem que cada uma perdesse a sua particularidade, nenhuma com a intenção de ser melhor ou pior que a outra , mas sim de mostrar que um evento como esse pode englobar as 4 linguagens, todos trocando experiências, creio que isso seja interdisciplinar.

Vou me reter a falar sobre a mesa temática do qual participei, “Tecnologias, mídia e abordagens para o ensino das artes, Processo de inclusão, diversidade cultural e espaços de arte não formais.”, relatando a minha experiência no Projeto de Extensão e inclusão da Universidade Federal de Pelotas, “Quilombo teatro as favelas”, dividi essa gratificante tarefa com minha colega Pibidiana e Quilombeira Lídia Rosenhein.

Eu e a Lídia chegamos antes do horário marcado, a mediadora da mesa foi pontualíssima e o primeiro relato iniciou exatamente às 8hs, estávamos bem nervosos, pois estaríamos representando a UFPel em um evento nacional. O nosso relato foi o último, então assistimos todos os relatos da nossa mesa. A cada apresentação ficávamos mais tensos, pois os relatantes eram todos professores, nós éramos os únicos estudantes.

O relato do “Quilombo” teve inicio por volta das 11hs, respiramos fundo, desejamos “merda” um para o outro e fomos relatar a nossa experiência nesse projeto do qual nos orgulhamos muito de estar e que a cada dia é um novo começo. Quando iniciamos a falar, o nervosismo passou na mesma hora, estávamos falando de algo do qual tínhamos domínio, de um projeto que tem no DNA a arte educação como tema, educar através da arte.

Ao final do relato, fomos fortemente aplaudidos, mas esses aplausos concerteza eram para o projeto, e para o idealizador Paulo Gaiger, um educador que esta realmente preocupado com a arte – educação, buscando levar a arte para aqueles que não têm acesso, do que simplesmente publicar livros, como é o caso de muitos professores universitários.

O legal desse tipo de evento é a troca e contatos que fizemos, pois conhecemos uma professora que trabalha numa escola da periferia de Porto Alegre e que possui um trabalho de inclusão social, através da arte ela busca dar novas direções aos seus alunos.

O grupo se chama “contadores de história – os Pifuripatos” se apresentaram no Espaço Performance, misturando dança, literatura , música e língua francesa.

O legal foi ver a alegria daquelas crianças e adolescentes em estar num palco em que todos os olhares se voltavam para eles, onde ali eles eram os protagonistas da cena, diferentemente da vida real.

Concluo reafirmando o meu prazer e satisfação de ter participado desse 22º Seminário de Arte – Educação e espero que venha o próximo

Maicon Barbosa

sábado, 16 de outubro de 2010

I MOSTRA DO PROJETO QUILOMBO


Prestigiem a I Mostra "Navegando em Cena" do Projeto Quilombo.

domingo, 10 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO DO PROJETO QUILOMBO NO CRAS E ESCOLA



Aconteceu na manhã do dia 30 de setembro de 2010 a primeira avaliação dos 6 meses do projeto Quilombo no CRAS(Centro de Referencia de Assistencia Social) e na Escola Nossa Senhora dos Navegantes.
Foi uma manhã muito proveitosa , onde todos os monitores do projeto, os professores coordenadores e o pessoal que trabalha no CRAS e na Escola falaram sobre o projeto e avaliaram como esta sendo os 6 meses de projeto na vida das crianças e adolescentes.
Após a avaliaão os monitores do projeto fizeram jogos teatrais com o pessoal do CRS para que eles vissem o qu é trabnalhado nas oficinas com as crinças e também para que haja uma maior integração com todos os envolvidos do projeto.

TRABALHO APROVADO NO 22º SEMINÁRIO DE ARTE E EDUCAÇÃO EM MONTENEGRO



O Relato de Experiencia do projeto de extensão "Quilombo teatro as favelas", escrito por Maicon Barbosa e Lídia Rosenhein foi aceito no 22º Seminário de Arte e Educação em Montenegro, abaixo segue o texto para voCês conferirem...


Universidade Federal de Pelotas
Projeto “Quilombo – teatro às favelas”:
Despertando para a vida.

Palavras - chave: tempo livre; teatro - educação; cidadania.

Resumo:

Este artigo apresenta um relato de experiência de dois acadêmicos do curso de Teatro – Licenciatura, da UFPel, participantes e monitores do Projeto “Quilombo - teatro às favelas”, coordenado pelos professores Paulo Gaiger e Fabiane Tejada, vinculado ao Programa Vizinhança da Pró – Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas. O “Quilombo” tem por objetivo desenvolver junto à comunidade do Navegantes, bairro de periferia da cidade de Pelotas, a (re)educação para o uso adequado do tempo livre, através de oficinas permanentes de teatro com crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos. Entre os parceiros deste projeto, estão o CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e a Escola Nossa Senhora dos Navegantes, ambos localizados no bairro Navegantes.
O relato abrange o primeiro período de ações do projeto, isto é, desde a capacitação dos acadêmicos selecionados para atuar no “Quilombo”, realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2010, aos começos deste segundo semestre, quando se cumprem cinco meses de ação em terreno. Nessa nascente trajetória, se dará ênfase ao processo de criação dos grupos de teatro na sede do CRAS e na Escola Nossa Senhora dos Navegantes, aos acasos e imprevisibilidades, às dificuldades e fortalezas. Por outra parte, igualmente fundamental, o relato também pretende revelar a contribuição do projeto “Quilombo” para a formação dos futuros arte-educadores e, como as crianças e adolescentes, agentes de transformação.


Justificativa:

A “educação para o uso adequado do tempo livre” adquire uma função educativa fundamental. É nos tempos não cotidianos que a pessoa pensa e se pensa, vê e se vê, reflete sobre sua condição e sua ação no mundo.
Foi partindo desse pressuposto que o Projeto de Extensão “Quilombo teatro às favelas” foi elaborado, com o intuito de levar para a comunidade carente algo que lhes pudessem preencher, de maneira saudável, uma pequena parcela do tempo de suas vidas, fazendo com que assim essas crianças e jovens se afastem da criminalidade e por conseqüência das drogas.
No primeiro semestre de 2010, após um processo seletivo e capacitação, tivemos a oportunidade de entrarmos para esse projeto, com a missão de inserir as crianças do CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e da Escola Nossa Senhora dos Navegantes no mundo do teatro.
Com dois encontros semanais, as crianças participantes dos grupos, com idades de dez a dezoito anos, fazem jogos teatrais, aprendem a improvisar e principalmente trabalhar a coletividade.
O nosso trabalho é fundamentado com base no teatro do oprimido de Augusto Boal, nos jogos teatrais de Viola Spolin e na pedagogia da esperança de Paulo Freire.

sábado, 25 de setembro de 2010

QUILOMBO NO MUSEU





O Quilombo proporcionou mais uma dia cultural na vida das crinças e adolescentes do projeto, a tarde do dia 23 de setembro de 2010 foi reservada para que os jovens conhecessem o museu da Baronesa.
Os Quilombolas tiveram a oportunidade de conhecerem um dos mais famosos patrimônio histórico de Pelotas e paralelamente conhecer um pouco da história da nossa cidade.
Além da visita ao museu as crianças e jovens dos 4 grupos de teatro do CRAS e Escola Estadual de Ensino Fundamental Navegantes tiveram uma tarde recreativa, com direito a jogo de futebol, pular corda e escalar a Gruta da Baronesa.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

22º Seminário Nacional de Arte - Educação em Montenegro



Estudantes do Projeto Quilombo têm propostas aprovados em Seminário Nacional de Arte-Educação.
Três dos estudantes monitores do Projeto Quilombo - teatro às favelas, vinculado ao Programa Vizinhança, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura(Prec) da UFPel, tiveram suas propostas aprovadas para o XXVII Seminário Nacional de Arte-Educação da Fundarte/Montenegro. São dois relatos de experiência sobre o Projeto Quilombo e um pôster também sobre o mesmo trabalho.
Os estudantes, todos do curso de Teatro, são Lidia Rosenhein (relato de experiência), Maicon Barbosa (relato de experiência) e Everton de Lima (pôster).
Os professores coordenadores são Paulo Gaiger e Fabiane Tejada.

Mais informações sobre o Seminário entre no site:
http://www.fundarte.rs.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=113&Itemid=220

terça-feira, 24 de agosto de 2010

RELATOS DOS MONITORES DO PROJETO QUILOMBO


No primeiro momento quis entrar para o projeto, pois gostaria de colocar em prática o que estava aprendendo na faculdade, sabia que não seria nada fácil.
Desde o começo do projeto vi que realmente era pra quem gostava, por que é um trabalho muito difícil e desgastante.
Hoje tenho certeza que fiz a escolha certa em entrar para o projeto Quilombo e cada dia mais e mais me convenço disso, pois gosto de estar ali ensinando o que aprendo na faculdade, é muito gratificante ver nos olhos das crianças a alegria de fazer algo que elas gostam e que pouco tempo atrás nem sabiam que poderiam fazer algum dia.

Everton de Lima

domingo, 22 de agosto de 2010

ANIVERSÁRIO DA ESCOLA NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES





No sábado do dia 21/08/2010 aconteceu o aniversário da Escola Nossa Senhora dos Navegantes,uma grande festa em comemoração aos 21 anos da escola, localizada no bairro Navegantes II.
A festa contou com desfiles, apresentações de dança e teatro
O Grupo de Teatro da Escola, NAVEGANDO NO TEATRO, coordenado pelos alunos do curso Teatro - Licenciatura da UFPel, Everton de Lima e Maicon Barbosa, apresentou a esquete "O pior do Brasil", um programa de TV muito maluco, com um apresentador que humilha seus convidados e xinga a sua platéia.
O Grupo de dança " Trem do sul" também mostrou alguns números de dança de rua.

sábado, 14 de agosto de 2010

RELATOS DOS MONITORES DO PROJETO QUILOMBO


É com uma frase de Paulo Freire que inicio o meu relato...
“Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem “tratar” sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem idéias de formação, sem politizar não é possível. (FREIRE, 1987 , p .64)
Participar desse projeto é algo muito importante tanto para a minha formação acadêmica quanto para a minha vida, é desafiador, é um projeto que te faz pensar, questionar a todo o momento sobre o verdadeiro papel de um arte educador e a vivenciar novas experiências a cada dia.
Ao chegar à Escola Nossa Senhora dos Navegantes, pela primeira vez, senti o quanto seria difícil, porém desafiador, inserir aquelas crianças e adolescentes em um mundo diferente do que elas estavam acostumadas, num mundo onde elas pudessem ser quem elas quisessem.
Através do teatro estamos conseguindo dar uma nova oportunidade para essas crianças e adolescentes de um novo despertar para a vida, plantando uma sementinha em cada um e sendo assim fazer despertar o interesse deles pelas artes.
Posso dizer que com o “Quilombo” estou contribuindo para que essas crianças e adolescentes sejam protagonistas de suas próprias histórias.

Maicon Barbosa

É um desafio participar desse projeto que trata-se de um trabalho com o “fazer teatral” em comunidades pobres...
“O teatro (...) é a capacidade que temos de observarmo-nos em ação.
Somos capazes de “ver vendo-nos”! Esta possibilidade de ser ao mesmo
tempo o protagonista de nosso atos e nosso principal espectador,nos
proporciona a possibilidade de pensar virtualidades, imaginar
possibilidades, fundir memória e imaginação – que são dois processos
psíquicos indissociáveis – de, no presente, reinventar o passado e
inventar o futuro. Aí reside a imensa e poderosa força do teatro” .
(Augusto Boal)

É inspirada em Boal que começo essa minha trajetória nesse projeto, “Construo e me construo” como arte-educadora trabalhando teatro para quem não tem teatro, semeando o pouco de conhecimento que tenho. Ao dar oficinas de teatro para mais ou menos 20 crianças/adolescentes da comunidade do navegantes, retorno as minhas primeiras vivências teatrais. Apadrinhada por uma professora aproveitei a oportunidade e dediquei-me, e como aprendiz reconhecendo a importância que teatro tem na construção de sujeitos, passo essa lição adiante. É uma caminho árduo é difícil o trabalho, mas eu acredito no potencial dos meus alunos acredito que essa semente que estamos plantando com esse projeto nessa comunidade, vai ter ótimos frutos.
Esse projeto para mim é um trabalho compartilhado, solidário que talvez o retorno não seja imediato, mas é gratificante!
Esse é meu olhar em construção...

Lídia Rosenhein

O que me levou a fazer parte do Programa Vizinhança, do Projeto Quilombo: Teatro às Favelas foi às experiências vividas, que sempre estiveram presentes na minha vida, com trabalhos voluntários que sempre desenvolvia nas comunidades onde morava. Trabalhos estes, que me ensinaram a descobrir o verdadeiro sentido e valor de cada ser humano. Portanto, quando resolvi entrar para este Projeto, com toda certeza, sabia que não seria nada fácil, e que iria deparar-me em alguns momentos com situações que requereriam muita paciência, persistência, certa vocação e a cima de tudo, muito amor e dedicação. Sem dúvida nenhuma, foi gratificante compartilhar desta oficina com as colegas Dagma, que infelizmente deixou o Programa, e Lídia, que atualmente ministra as oficinas comigo. Chegar em casa, digitar os memoriais e aos poucos ir conhecendo cada uma dessas crianças é maravilhoso. È por isso que entrei para esse Projeto, para levar a essas crianças desprovidas de oportunidade, além de conhecimento, de uma visão de um mundo melhor, de uma vida mais digna, amor, passar a elas o real sentido do que é respeito, solidariedade, viver em comunhão com o outro e sonhar com um mundo mais justo e melhor para todos.

Jandira Dias de Souza Brito

domingo, 4 de julho de 2010

Paulo Freire - Pedagogia da Esperança


Quando muita gente faz discursos pragmáticos e defende nossa adaptação aos fatos, acusando sonho e utopia não apenas de inúteis, mas também de inoportunos enquanto elementos que fazem necessariamente parte de toda prática educativa desocultadora das mentiras dominantes, pode parecer estranho que eu escreva um livro chamado Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido.
Para mim, pelo contrário, a prática educativa de opção progressista jamais deixará de ser uma aventura desveladora, uma experiência de desocultação da verdade. É porque sempre pensei assim que, às vezes, se discute se sou ou não um educador. Foi isto que, recentemente, ocorreu em um encontro realizado na UNESCO, em Paris, me disse um dos que dele participaram, em que representantes latino-americanos negavam a mim a condição de educador. Não a eles, é óbvio. Criticavam em mim o que lhes parecia minha politização exagerada.
Não percebiam, porém, que, ao negarem a mim a condição de educador, por ser demasiado político, eram tão políticos quanto eu. Certamente, contudo, numa posição contrária à minha. Neutros é que nem eram nem poderiam ser.
Por outro lado, deve haver um sem-número de pessoas pensando como um professor universitário antigo meu que me indagou, espantado: "Mas como, Paulo, uma Pedagogia da esperança no bojo de uma tal sem-vergonhice como a que nos asfixia hoje, no Brasil?”
É que a "democratização” da sem vergonhice que vem tomando conta do país, o desrespeito à coisa pública, a impunidade se aprofundaram e se generalizaram tanto que a nação começou a se pôr de pé, a protestar. Os jovens e os adolescentes também, vêm às ruas, criticam, exigem seriedade e transparência. O povo grita contra os testemunhos de desfaçatez, As praças públicas de novo se enchem. Há uma esperança, não importa que nem sempre audaz, nas esquinas das ruas, no corpo de cada uma e de cada um de nós. E como se a maioria da nação fosse tomada por incontida necessidade de vomitar em face de tamanha desvergonha.
Por outro lado, sem sequer poder negar a desesperança como algo concreto e sem desconhecer as razões históricas, econômicas e sociais que a explicam, não entendo a existência humana e a necessária luta para fazê-la melhor, sem esperança e sem sonho. A esperança é necessidade ontológica; a desesperança, esperança que, perdendo o endereço, se torna distorção da necessidade ontológica.
Como programa, a desesperança nos imobiliza e nos faz sucumbir no fatalismo onde não é possível juntar as forças indispensáveis ao embate recriador do mundo.
Não sou esperançoso por pura teimosia mas por imperativo existencial e histórico.
Não quero dizer, porém, que, porque esperançoso, atribuo à minha esperança o poder de transformar a realidade e, assim convencido, parto para o embate sem levar em consideração os dados concretos, materiais, afirmando que minha esperança basta. Minha esperança é necessária mas não é suficiente. Ela, só, não ganha a luta, mas sem ela a luta fraqueja e titubeia. Precisamos da herança crítica, como o peixe necessita da água despoluída.
Pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo, no fatalismo. Mas, prescindir da esperança na luta para melhorar o mundo, como se a luta se pudesse reduzir a atos calculados apenas, à pura cientificidade, é frívola ilusão. Prescindir da esperança que se funda também na verdade como na qualidade ética da luta é negar a ela um dos seus suportes fundamentais. O essencial como digo mais adiante no corpo desta Pedagogia da esperança, é que ela, enquanto necessidade ontológica, precisa de ancorar-se na prática. Enquanto necessidade ontológica a esperança precisa da prática para tornar-se concretude histórica, É por isso que não há esperança na pura espera, nem tampouco se alcança o que se espera na espera pura, que vira, assim, espera vã.
Sem um mínimo de esperança não podemos sequer começar o embate mas, sem o em ate, a esperança, como necessidade ontológica, se desarvora, se desenderereça e se torna desesperança que, as vezes, se alonga em trágico desespero.Daí a precisão de uma certa importância em nossa existência, individual e social, que não devemos experimentá-la de forma errada, deixando que ela resvale para a desesperança e o desespero. Desesperança e desespero, conseqüência e razão de ser da inação ou do imobilismo.
Nas situações-limites, mais além das quais se acha o “inédito viável”¹, às vezes perceptível, às vezes, não, se encontram razões de ser para ambas as posições: a esperançosa e a desesperançosa.
Uma das tarefas do educador ou educadora progressista, através da análise política, séria e correta, é desvelar as possibilidades, não importam os obstáculos, para a esperança, sem a qual pouco podemos fazer porque dificilmente lutamos e quando lutamos, enquanto desesperançados ou desesperados, a nossa é uma luta suicida, é um corpo-a-corpo puramente vingativo. O que há, porém, de castigo, de pena, de correção, de punição na luta que fazemos movidos pela esperança, pelo fundamento ético-histórico de seu acerto, faz parte da natureza pedagógica do processo político de que a luta é expressão. Não será equitativo que as injustiças, os abusos, as extorsões, os ganhos ilícitos, os tráficos de influência, o uso do cargo para a satisfação de interesses pessoais, que nada disso, por causa de que, com justa ira, lutamos agora no Brasil, não seja corrigido, como não será carreto que todas e todos os que forem julgados culpados não sejam severamente, mas dentro da lei, punidos.
Não basta para nós, nem é argumento válido, reconhecer que nada disso é "privilégio” do Terceiro Mundo, como às vezes se insinua. O Primeiro Mundo foi sempre exemplar em escândalos de toda espécie, sempre foi modelo de malvadez, de exploração, Pense-se apenas no colonialismo, nos massacres dos povos invadidos, subjugados, colonizados; nas guerras deste século, na discriminação racial, vergonhosa e aviltante, na rapinagem por ele perpetrada. Não, não temos o privilégio da desonestidade, mas já não podemos compactuar com os escândalos que nos ferem no mais profundo de nós.
Que cinismo – entre dezenas de outros – o de certos políticos que, pretendendo esconder a seus eleitores – que têm absoluto direito de saber o que fazem no Congresso e por que fazem –, defendem, com ares puritanos, em nome da democracia, o direito de esconder-se no "voto secreto" durante a votação do impedimento do presidente da República. Por que se esconder, se não há risco, o mais mínimo, de terem sua integridade física ofendida? Por que se esconder se proclamam a “pureza”, a "honradez", a "inatacabilidade” de seu presidente? Pois que assumam, com dignidade, a sua opção. Que explicitem sua defesa do indefensável.
A Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido é um livro assim, escrito com raiva, com amor, sem o que não há esperança. Uma defesa da tolerância, que não se confunde com a conivência, da radicalidade; uma crítica ao sectarismo, una compreensão da pós-modernidade progressista e uma recusa à conservadora, neoliberal.
Num primeiro momento, procuro analisar ou falar de tramas da infância, da mocidade, dos começos da maturidade em que a Pedagogia do oprimido com que me reencontro neste livro era anunciada e foi tomando forma, primeiro, na oralidade, depois, graficamente.
Algumas dessas tramas terminaram por me trazer ao exílio a que chego com o corpo molhado de história de marcas culturais, de lembranças, de sentimentos, de dúvidas, de sonhos rasgados mas não desfeitos, de saudades de meu mundo, de meu céu, águas mornas do Atlântico, da “língua errada do povo, língua certa do povo”.* Cheguei ao exílio e à memória que trazia no meu corpo antas tramas juntei a marca de novos fatos, novos saberes constituindo-se então em novas tramas.
A Pedagogia do oprimido emerge de tudo isso e falo dela, de como aprendi ao escrevê-la e até de como, ao primeiro falar dela, fui aprendendo a escrevê-la.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MINHA PRIMEIRA VEZ NO PALCO...





No início deu um nervoso, mas depois que eu coloquei meu pé no palco o nervosismo que eu estava tinha acabado. Depois que terminou a apresentação eu vi na minha cabeça que o teatro mudou e vai mudar a minha vida.
Eu gostei da minha primeira vez. Téo Silva 16 anos

Eu me apresentei na Universidade do Capão do Leão, meu coração disparou na hora em que começou a peça, ficou a mil. Mas saiu tudo bem e nós não erramos nada na peça. Eu na hora fiquei com vergonha e com medo de errar , então eu não tenho o que falar, eu gostei e estava muito bom.
Alison Duarte 14 anos

Eu me apresentei no Capão do Leão, gostei muito, desde quando chegamos até quando fomos embora. A apresentação estava ótima, acho que eu estava bem, menos quando eu errei o lugar que tinha que ficar.
Jonny Gabriel 12 anos

Adorei, foi uma coisa que nunca senti antes, uma sensação boa, adorei me apresentar, agradeço os guris por essa oportunidade. É muito legal, espero ter uma oportunidade de estudar naquela faculdade. Gracimare 13 anos

Eu gostei muito, fiquei muito nervosa mas achei muito legal, mas também fiquei com medo de errar na hora de subir no palco, mas foi bem interessante e gostei bastante do passeio que agente fez depois da apresentação.
Sabrina Duarte 14 anos

Fiquei muito nervosa e com medo de errar, mas eu gostei da apresentação foi uma experiência muito legal, achei que a nossa apresentação foi muito boa, amei. Andriele Lima 14 anos

Eu gostei muito, eu me apresentei no Capão do Leão, é muito legal, foi muito legal, adorei na hora da apresentação, deu um frio na minha barriga, deu vontade de não se apresentar, mas teatro não é assim.
Isabella Lemos 12 anos

Eu adorei, fiquei muito nervosa no começo, mas depois eu fiquei relaxada, foi uma experiência muito grande. Franciele Lima 14 anos

Eu adorei demais, muito bom, adorei ver a peça dos outros eu agradeço por terem me dado essa oportunidade. Andreza Duarte 14 anos

Estava muito legal, eu estava muito nervosa, mas agora estou pronta para a próxima. Roberta Porto 13 anos

sábado, 12 de junho de 2010

Quilombo no I Simpósio de Licenciaturas da UFPel



O Projeto Quilombo participou do I Simpósio de Licenciaturas da UFPel ,organizado pelos alunos do curso de Biologia.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Apresentações Teatrais no CRAS




No dia 9 de junho de 2010 ocorreu uma Festa Junina no CRAS e mais um vez o projeto Quilombo esteve presente, juntamente com seus integrantes - artistas.
Dois grupos participaram das festividades.
O "CASAMENTO CAIPIRA" coordenado pelas estudantes de Teatro Dagma Colomby, Jandira de Brito e Lídia Rosenhein e "OS PRÍNCIPES" sob coordenação de Gabriela Shaun e Ingrid Duarte.

"Dramatizar não é somente uma realização de necessidade individual na interação simbólica com a realidade, proporcionando condições para um crescimento pessoal, mas uma atividade coletiva em que a expressão individual é acolhida. Ao participar de atividades teatrais, o indivíduo tem a oportunidade de se desenvolver dentro de um determinado grupo social de maneira responsável, legitimando os seus direitos dentro desse contexto, estabelecendo relações entre o individual e o coletivo, aprendendo a ouvir, a acolher e a ordenar opiniões, respeitando as diferentes manifestações, com a finalidade de organizar a expressão de um grupo. O teatro tem como fundamento a experiência de vida: idéias, conhecimentos e sentimento. A sua ação é a ordenação desses conteúdos individuais e grupais."

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que é psicologia social?


A psicologia social aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais. Para alguns estudiosos, porém, a comparação entre a Psicologia Social e a Sociologia não é assim tão simples, pois ambas constituem campos independentes, que partem de ângulos teóricos diversos. Há, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a psicologia destaca o aspecto individual, a sociologia se atém à esfera social.
O que a Psicologia Social faz é revelar os graus de conexão existentes entre o ser e a sociedade à qual ele pertence, desconstruindo a imagem de um indivíduo oposto ao grupo social. Um postulado básico dessa disciplina é que as pessoas, por mais diversificadas que sejam, apresentam socialmente um comportamento distinto do que expressariam se estivessem isoladas, pois imersas na massa elas se encontram imbuídas de uma mente coletiva. É esta instância que as leva a agir de uma forma diferente da que assumiriam individualmente. Este ponto de vista é desenvolvido pelo cientista social Gustave Le Bon, em sua obra Psicologia das Multidões. Este pesquisador esteve em contato com Freud e, desse debate entre ambos, surgiu no alemão o conceito de ‘massa’, que por problemas de tradução ele interpretou como ‘grupo’, abordando-o em suas pesquisas, que culminariam com a publicação de Psicologia de Grupo, em 1921.
A Psicologia Social também estuda o condicionamento – processo pelo qual uma resposta é provocada por um estímulo, um objeto ou um contexto, distinta da réplica original – que os mecanismos mentais conferem à esfera social humana, enquanto por sua vez a vivência em sociedade igualmente interfere nos padrões de pensamento do Homem. Esse ramo da psicologia pesquisa, assim, as relações sociais, a dependência recíproca entre as pessoas e o encontro social. Estas investigações teóricas tornam-se mais profundas ao longo da Segunda Guerra Mundial, com a contribuição de Kurt Lewin, hoje concebido por muitos pesquisadores como o criador da Psicologia Social.
No Brasil, destacam-se nesta esfera dois psicólogos que trilham caminhos opostos: Aroldo Rodrigues – que tem um ponto de vista mais empirista, ou seja, acredita nas experiências como fonte única do conhecimento -, e Silvia Lane – que adota uma linha marxista e sócio-histórica. Ela tem discípulos conhecidos nos meios psicológicos, entre eles Ana Bock, influenciada pelo bielo-russo Vigotski, e Bader Sawaia, que realizou importantes estudos sobre a exclusão e a inclusão. Estes psicólogos acreditam que a economia neoliberal e o Estado que o alimenta criam subjetividades moldadas segundo as suas características próprias, ou seja, têm grande influência sobre o desenvolvimento emocional dos indivíduos. Esta linha de pensamento é mais aplicada em discussões teóricas do que no interior dos consultórios.
Esta teoria psicológica tem sido alvo de muitas críticas atualmente. Algumas delas dão conta de que ela se restringe a descrever fatos, apenas nomeando os mecanismos sociais visíveis; foi criada no contexto de uma sociedade norte-americana que, no final da guerra, precisava recuperar sua economia, valendo-se para isso de recursos teóricos que lhe permitissem interferir na realidade social e então intensificar a produção econômica, assim investiu em pesquisas sobre processos comunicativos de convencimento, modificações nas ações pessoais, etc., tentando moldar os procedimentos individuais à conjuntura social; alimenta uma visão restrita da vida social, reduzida apenas à interação entre indivíduos, deixando de lado uma totalidade mais complexa e dinâmica das criações humanas, que simultaneamente edifica o real social e cria o indivíduo, conceito que se torna ponto de partida para a elaboração de uma Psicologia Social nova. Esta linha de pensamento adota uma postura mais crítica no que tange à vida social, e defende uma colaboração mais ativa da ciência para modificar a sociedade. Assim, ela busca transcender os limites de sua antecessora.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O que é teatro?




Teatro é não ter vergonha de se mostrar, é soltar a imaginação. Mary Anne - 14 anos

Eu entendi muitas coisas tenho amigos no teatro vem na minha cabeça para fazer peças. Isabella – 12 anos

Eu entendo que teatro é fazer as pessoas ficar alegres expressar a alegria de diversas formas. Juan 16 anos

Eu entendo que o teatro comove as pessoas. Teatro expressa sentimentos, alegrias, tristezas, etc. Teatro me lembra novela porque ator vem do teatro. Nataniel – 16 anos

Eu entendo de teatro que a gente fica alegre, feliz com os omoristas e os personagens, Antonio Nunes games, palhassos. Teatro para mim é ser alegre e imitar umuristas. Alisson – 14 anos

Eu entendo de teatro que o teatro é para as pessoas aprenderem pras crianças o teatro é palhaço pintado as crinças e os adultos vendo e admirindo os palhaços. Amanda – 12 anos

Teatro é mostrar o que se sente sem medo, sem preconceito, com peças que inspiram sonhos que por cada dia parecem ser mais reais. Henrisson – 13 anos

Teatro é mostrar que se sabe fazer saber atuar. Bruno – 13 anos

Eu gosto de teatro porque La se atua e é muito legal porque se faz outras pessoas. Michael – 13 anos
Eu entendo : que agente vira outro personagem, se diverte e atua e fais humorístico. Gracimare – 13 anos

Eu entendo que é um espetáculo e que é muito bom, melhora a vida e deixa a vida mais alegre. Richard – 14 anos

Eu entendo por teatro que é muito bom vamos supor faz peças poder brincar e fazer ator. Andreza – 13 anos

Teatro é um personagem que atua. Franciele – 14 anos