sábado, 15 de maio de 2010

E FOI COM TAL PENSAMENTO QUE ENTREI NO PROJETO QUILOMBO: TEATRO ÀS FAVELAS (Dagma Colomby)

O mundo de Walter Salles, de Camilo de Lélis, do padre Marcelo, da Xuxa, do Boal, do Antunes Filho, do Paulo Gaiger, de Fabiane Tejada, do Maicom, do Mineiro, do Anderson, da Analice, da Jandira, da Lídia, da Gaby, da Ingrid e até o da Dagma , é o mesmo, apenas eles assinaram pactos diferentes.
Em se tratando de educação, formação de atores, talvez olhares de bondade e de indignação sejam caminhos bem mais difíceis, mas muito mais honestos e dignos de serem trilhados. Da minha parte, não pretendo assinar o pacto da neutralidade, nem usar as mesmas armas do meu opressor. Quero sempre acreditar que a bondade é algo que se constroi, que a forma de resistir é fazer um trabalho bom e comprometido, sem reforçar os códigos de opressão. Sei que nem sempre vou acertar, sei que uma vida é pouco para o muito que se tem a fazer, sei também que quando se faz pelos outros quem mais ganha somos nós mesmos. Sei que a vida se torna mais leve quando aprendemos a dividir, acariciar, apaziguar, abraçar e, mesmo que nos vejam como tolos e ingênuos, o mais importante é trilhar o caminho que julgamos ser o mais acertado, no meu caso, lutar para que se formem alunos e atores capazes de olhar para o mundo com bondade.

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